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Lançada campanha de Identificação de Desaparecidos em Mato Grosso do Sul

Foi lançada oficialmente em Mato Grosso do Sul, na última terça-feira (27), a Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas, durante um evento na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Campo Grande. Essa campanha é uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio do Governo do Estado, e tem como objetivo principal a coleta de material genético e impressões digitais de familiares de pessoas desaparecidas.

A campanha, no estado, está sendo coordenada pela Polícia Civil, através da DHPP e da Polícia Científica, especificamente pelo Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF). A diretora do IALF, perita Josemirtes Prado, explicou que a campanha se dará em três fases distintas, utilizando técnicas de identificação genética e papiloscópicas (impressões digitais).

A primeira fase, que vai até o dia 30 de agosto, tem como foco a coleta de amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas. No Mato Grosso do Sul, há 15 pontos de coleta, entre os mais de 300 espalhados por todo o Brasil. O delegado Carlos Delano, titular da DHPP, reforçou que, para realizar a coleta, é necessário que o familiar apresente o boletim de ocorrência do desaparecimento. “O procedimento é indolor e extremamente importante para o sucesso da campanha”, destacou Delano.

A segunda etapa será dedicada à coleta de impressões digitais e material genético de pessoas vivas que não foram identificadas. “Todos os dados coletados serão inseridos nos Bancos Estadual e Nacional de Perfis Genéticos, que farão o cruzamento automático com as amostras dos familiares em todo o país”, afirmou o delegado.

Por fim, a terceira fase da campanha incluirá a análise das impressões digitais de corpos não identificados, armazenadas em cada estado, na etapa conhecida como análise do backlog (passivo). Esses dados serão comparados com os registros de biometrias existentes nos bancos de dados.

Todas as informações coletadas serão integradas à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). “Quando ocorre uma correspondência de informações com um resultado positivo, um laudo pericial é emitido e enviado à delegacia responsável, que por sua vez notifica os familiares”, explicou Josemirtes Prado.

Situação dos Desaparecidos em Mato Grosso do Sul

Em 2023, o estado de Mato Grosso do Sul registrou 1.468 casos de desaparecimento, sendo a maioria adultos (630) e homens (950). No ano de 2024, já foram registrados 803 desaparecimentos.

“Muitos desses casos acabam sendo solucionados, pois a maioria das pessoas deixa o lar sem avisar os familiares por algum motivo”, observou o delegado Carlos Delano.

Edmilson de Lisboa Duarte, de 49 anos, é um dos desaparecidos que ainda não retornou para casa. Seu irmão, Nildo de Lisboa Duarte, foi o primeiro a fornecer uma amostra de DNA durante a campanha, na terça-feira. Ele contou que Edmilson foi visto pela última vez há dois anos, no bairro Tijuca. Apesar da longa espera, Nildo mantém a esperança de encontrar o irmão. “Precisamos acreditar”, afirmou.

Acervo Genético

De acordo com o relatório mais recente da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), divulgado em julho de 2024, há 19.450 perfis genéticos relacionados a casos de desaparecimento no Brasil. Desse total, 8.895 são de familiares que buscam seus entes queridos, o que representa apenas 4,03% dos 220.465 cadastros realizados entre novembro de 2014 e maio de 2024. O restante dos registros inclui vestígios de crimes e identificações criminais.

Pontos de Coleta em Mato Grosso do Sul

Existem 15 pontos de coleta de material genético e impressões digitais em todo o Mato Grosso do Sul, localizados em cidades como Campo Grande, Amambai, Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas. Para mais informações sobre os endereços, é possível acessar o site da Polícia Civil ou procurar uma das delegacias da região.

Joelma Belchior, Comunicação Sejusp/MS

Foto: Maria Ester/Polícia Científica

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